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Por vezes aparecem siglas que não se sabe o que quer dizer e por vezes não se ajuda um animal por não perceber o que realmente se pede.
FIV
A fertilização in vitro (FIV) é uma técnica de reprodução medicamente assistida que consiste na colocação, em ambiente laboratorial, (in vitro), de um número significativo de espermatozóides, 50 a 100 mil, ao redor de cada ovócito II, procurando obter pré-embriões de boa qualidade que serão transferidos, posteriormente, para a cavidade uterina.
A técnica de fertilização in vitro (FIV) iniciou uma nova era da medicina reprodutiva quando, em 1998, resultou no nascimento do primeiro "bebê de proveta", Bruno da Silva Vicente, no Brasil. Desde então, o desenvolvimento tecnológico tem proporcionado taxas de sucesso progressivamente maiores, garantindo o sucesso na realização do sonho de muitos casais.
Inicialmente restrita às mulheres com obstruções das trompas, hoje a FIV é utilizada como opção terapêutica para casais com fatores masculino, imunológico, ovariano e com endometriose, entre outras causas.
O que significa ser FIV e/ou FELV positivo?
O que é Imunodeficiência felina?
Por que vias se transmite?
- Feridas resultantes de mordeduras (através da saliva de gatos portadores);
- Transplacentária ou através do colostro, de mães para filhos;
- Contacto sexual.
Os gatos de rua, em condições de vida deficientes, também estão mais expostos do que os gatos que vivem em casa.
Quais os sinais clínicos?
- Gengivite (inflamação das gengivas);
- Estomatite (infecção generalizada da cavidade bucal);
- Periodontite (inflamação dos tecidos que fixam o dente);
- Diarreia crónica;
- Doenças crónicas do tracto respiratório superior;
- Infecções crónicas ou recorrentes da pele, ouvidos e bexiga;
- Doenças oftálmicas (uveíte e glaucoma);
Existe vacina?
Não. Infelizmente ainda não se conseguiu desenvolver vacina para esta doença. O melhor método de prevenção é impedir o contacto do animal com outros gatos dos quais não se conhece o estado sanitário (gatos de rua) e evitar a partilha de taças de comida.O que é a Leucemia felina?
A leucemia resultante da infecção pelo FeLV (Vírus da Leucemia Felina) é ainda responsável pela morbilidade e mortalidade de muitos felinos. A susceptibilidade ao FeLV é maior em gatos bebés e a taxa de infecção tende a diminuir com o avançar da idade. As fêmeas são mais susceptíveis do que os machos.Não existem evidências da sua transmissão a humanos.
Por que vias se transmite?
- Saliva;
- Corrimentos nasais e outras secreções;
- Urina e fezes;
- Leite.
Quais os sinais clínicos?
- Perda de apetite;
- Linfonodos aumentados de tamanho;
- Perda de peso progressiva;
- Mau estado do pêlo;
- Febre e diarreia persistentes;
- Gengivas pálidas, gengivite e estomatite;
- Infecções urinárias, de pele e de tracto respiratório superior;
- Afecções oculares e sintomas nervosos (podem incluir convulsões).
Existe vacina?
Sim, existe vacina. A vacina deve ser administrada a animais que possuam um risco elevado de contrair a doença, pois a vacina pode estar associada ao aparecimento de fibrossarcomas (tumores). Daí ser importante medir a relação risco-benefício.Como é feito o diagnóstico destas duas patologias?
O diagnóstico da Imunodeficiência e leucemia felinas depende da detecção de anticorpos específicos no sangue do animal. O diagnóstico pode ser feito através de testes rápidos (ELISA) usando apenas umas gotas de sangue no decorrer de uma consulta ao veterinário. Como podem ocorrer falsos positivos está indicado, neste caso, proceder-se ao envio de sangue para laboratório para confirmação de resultados.O meu gato é FIV e/ou FeLV positivo. O que significa?
Se ao ser testado para FIV e/ou FeLV o resultado do teste for positivo pode significar que ou o animal possui a doença ou o animal tem anticorpos maternais Como existe a possibilidade de em gatos muito jovens o teste dar positivo por possuírem anticorpos maternais, aconselha-se a fazer o teste apenas a partir dos 6 meses de idade.O meu gato tem Imunodeficiência e/ou Leucemia felina, e agora?
Gatos infectados podem viver por alguns anos, antes que os sinais de doença progridam.A Imunodeficiência e a Leucemia felinas são doenças crónicas, sem cura, e que podem ter consequências devastadoras. Com a sua progressão o animal torna-se cada vez mais debilitado e susceptível ao aparecimento de infecções secundárias e de tumores. Todas estas consequências, levam a que na fase final da doença, muitos donos decidam optar pela eutanásia.
Não é necessário eutanasiar um gato com uma destas patologias, estando este aparentemente saudável e conseguindo este manter um nível de qualidade de vida razoável. Se se entender as implicações destas infecções e os cuidados que elas impõem, muitos destes animais permanecem saudáveis por longos períodos de tempo num ambiente protegido, com uma boa alimentação e com cuidados de saúde.
Qual o tratamento e Maneio de um gato FIV e/ou FeLV positivo?
Não existe tratamento antiviral específico para gatos infectados com FIV e FeLV.Podem ser usados medicamentos antivirais em baixas dosagens para aumentar a taxa de sobrevivência e fazer uma terapia de suporte geral para que o animal usufrua durante o maior tempo possível, uma qualidade de vida aceitável.
- Os gatos infectados devem ser mantidos em casa, não só para que não haja possibilidade de transmitirem a doença a outros, mas também porque são mais susceptíveis;
- Para que não se envolvam em lutas territoriais, o mais seguro, será castrá-los;
- A alimentação deve ser de boa qualidade e os alimentos crus evitados, já que são mais facilmente portadores de bactérias e parasitas;
- É importante evitar as infecções oportunistas, pois é a imunossupressão a maior causa de mortalidade destes animais. Para isso é importante fazer o controlo de pulgas (estas transmitem inúmeras doenças, nomeadamente a haemobartonella)
- O esquema de desparasitação deve ser mantido em dia, assim como o esquema de vacinação contra panleucopénia, herpesvírus, calicivírus e raiva se não houver imunossupressão;
- Deve estabelecer um calendário de consultas regulares com o seu veterinário: Em caso de bom estado de saúde estas não devem ultrapassar os seis meses de intervalo para uma avaliação geral. Se ocorrer alguma alteração o veterinário deve ser avisado de imediato.
O que posso fazer para prevenir que o meu gato fique infectado?
- Manter os seus gatos dentro de casa, afastados de outros que possam ser portadores. Se costuma deixá-los ir ao quintal, certifique-se de que existem condições para que o seu gato não possa sair, nem que outros gatos possam entrar.
- Se tenciona adoptar outro gato, certifique-se de que não tem FeLV antes de o juntar aos que já tem em casa.
- Se o seu gato costuma ir à rua, vacine-o, mas não sem primeiro fazer os testes de despiste: a vacinação não é aconselhada em animais infectados.
- Se pretende ter em casa um novo gatinho, depois de o anterior ter sido vítima de uma destas doenças, deve proceder a uma desinfecção do chão, mobília e objectos. A cama, caixa de areia e tigelas de comida, devem, no entanto ser substituídas.
Famílias de Acolhimento Temporário (FATs)
As Famílias de Acolhimento Temporário (FATs) são fundamentais para a protecção dos animais de rua.
Os gatos e cães nascidos e criados na rua estão em constante perigo. Sempre que possível, os gatinhos, os cachorros e os animais adultos dóceis, devem ser encaminhados para FATs enquanto aguardam por famílias que os queiram adoptar.
Não recomendamos que gatos adultos silvestres ou assilvestrados sejam retirados das suas colónias para serem domesticados. Esses animais nunca seriam felizes numa casa. A solução ideal para eles é a sua esterilização e desparasitação e posterior libertação na colónia, onde continuarão a ser alimentados e monitorizados diariamente.
No caso dos cães silvestres, a decisão sobre a sua socialização ou re-inserção na matilha é mais complexo - para mais informações, consulte a secção Cães silvestres/assilvestrados
Quando um animal adulto cria laços com o protector e se torna “quase doméstico", é recomendável que seja retirado da colónia ou matilha e encaminhado para adopção, uma vez que aprendeu a apreciar o afecto e a companhia dos seres humanos.
Em suma, sempre que um animal for dócil e apreciar a companhia e contacto humanos, estará melhor numa casa do que a viver na rua. A vida nas ruas é extremamente dura, sobretudo para os animais meigos, que são alvos fáceis para a maldade humana. Para além dos maus tratos, estes animais têm que enfrentar os rigores do Inverno (na maior parte das vezes sem qualquer tipo de abrigo), doenças (sem qualquer tipo de tratamento), fome (raramente têm acesso a alimento suficiente e de qualidade), atropelamentos (que quando não os matam os deixam feridos e a agonizar dias a fio - ficam muitas vezes vivos e imóveis nas bermas das estradas, sem que ninguém se preocupe em parar para ver se ainda respiram), ou o abate nos canis municipais.
O trabalho das FATs é extremamente meritório e de uma generosidade sem limites. Em vez de adoptarem definitivamente um ou dois animais em risco, acolhem temporariamente e ajudam um número muito superior de animais. De cada vez que acolhem um animal, cuidam dele como se fizesse parte da sua família, tratam dele se estiver doente, ensinam-lhe as regras de permanência dentro de casa e, posteriormente, deixam-no seguir o seu rumo para poderem receber outros animais em risco. Esta é, sem dúvida, a forma mais nobre e abnegada de ajudar estes animais.
Infelizmente, as FATs disponíveis são sempre muito menos do que os animais que precisam de acolhimento. Milhares de cães e gatos morrem nas ruas e em canis municipais por não haver famílias dispostas a acolhê-los temporariamente enquanto se tenta a sua adopção definitiva.
Caso esteja interessado em ser FAT de um animal em risco, por favor contacte-nos para o endereço geral@animaisderua.org
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